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domingo, 8 de março de 2015

ATO DE CAMINHONEIROS TEM `BUZINAÇO` NA ESPLANADA DOS MINISTÉRIOS

 
Caminhoneiros fizeram um “buzinaço” na Esplanada dos Ministérios, em Brasília, na tarde desta quarta-feira (4). O ato faz parte dos protestos iniciados há duas semanas contra a alta do diesel, o valor dos pedágios e a redução do preço do frete, entre outras pautas. Os veículos seguiram em fila indiana pelo Eixo Monumental, com o intuito de sensibilizar a população sobre a causa da categoria.
Os caminhões deixaram o estacionamento do Estádio Mané Garrincha, onde estão reunidos desde a manhã desta terça (3), e partiram em direção ao Congresso Nacional. Em seguida, eles retornaram para a área em torno da arena.
O "caminhonaço" serviu como uma despedida dos trabalhadores, que deixam a capital federal na noite desta quarta. No início da tarde, a categoria se reuniu com o ministro da secretaria-geral da Presidência, Miguel Rossetto.
Imagens feitas pela jornalista Ivana Sant’Anna e cedidas ao G1 mostram o momento em que a fila de caminhões desce o Eixo Monumental em direção ao Congresso. Segundo a Polícia Militar, responsável pela escolta dos carros, os motoristas contornaram pela Praça dos Três Poderes e retornaram ao estádio por volta das 17h20. Às 18h, a via tinha congestionamento leve mas os caminhões já tinham saído das faixas principais.
"Os caminhoneiros não conseguem mais andar, têm prejuízo a cada quilômetro. Vamos pressionar o governo para que seja sensível às pautas, sobretudo ao subsídio para os caminhoneiros autônomos, que sentem o prejuízo direto e não têm a quem recorrer", afirmou o deputado Osmar Terra (PMDB), que se reuniu com os motoristas após a carreata.
Reunião
No encontro desta quarta com o governo federal, os caminhoneiros da região Sul do país entregaram ao ministro Rossetto uma pauta com sete reivindicações. O primeiro item do documento é o pedido de desoneração do diesel combustível, utilizado pelos veículos de grande porte.
"Não falaram nem que sim, nem que não. Vamos ter outra reunião no dia 10. Agora, a gente vai retornar para casa, para o Sul, e retomar o trabalho", diz um dos organizadores da comitiva, o caminhoneiro Fábio Luis Roque.
Segundo ele, a redução do preço do diesel é a pauta mais sensível do grupo, sem a qual não pode haver acordo. A categoria também pede um crédito de R$ 50 mil para os caminhoneiros autônomos, com parcelamento em 24 vezes e juros de 2,5% ao ano. Para os financiamentos já contraídos com o BNDES, os trabalhadores querem uma carência de 24 meses para dar início à quitação. O restante da pauta não foi divulgado.
Lei dos caminhoneiros
Em ato reservado no Palácio do Planalto, a presidente Dilma Rousseff sancionou nesta segunda-feira (2) sem veto a Lei dos Caminhoneiros. O texto foi aprovado pela Câmara em 11 de fevereiro e estabelece regras para o exercício da profissão de motorista. O ato faz parte de acordo entre governo e caminhoneiros para o desbloqueio de rodovias no país.
Entre os destaques estão o pedágio gratuito por eixo suspenso para caminhões vazios, perdão das multas por excesso de peso dos caminhões recebidas nos últimos dois anos, exigência de exames toxicológicos na admissão e desligamento, ampliação dos pontos de parada para caminhoneiros e possibilidade de trabalhar 12 horas seguidas, sendo quatro extraordinárias, desde que previsto em acordo coletivo. 

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